sábado, 20 de dezembro de 2014

Sentando na Riqueza: Resenha do Frapin Passion Boisee


Mais uma vez, dedico a resenha ao meu querido Claiton Lisboa, que me cedeu a amostra desse perfume (dentre muitas de sua coleção preciosa).

Primeiramente, uma introdução para os não iniciados nessa casa de Nicho.
Frapin (fala-se "Frapan") na verdade é uma casa onde se produz conhaques no coração de Champagnhe, na Região de Fontpinot em 1270. Logo verás esse número ser citado.

É negócio de família antiga, 20 gerações produzindo bebidas. Então, resolveram desenvolver fragrâncias. Santa decisão!

Eu tenho um caso de amor com essa casa. Na verdade eu conhecia somente um perfume deles, o 1270, um oriental especiado gustativo e deliciosamente quente. Aliás, Claiton também mandou decant dele, mas eu já o conhecia. Outro que preciso resenhar, certamente. 

E agora conheci mais essa preciosidade. 
Gente, parece que eu só resenho perfumes que adoro. A bem da verdade é que ultimamente eu presto atenção na construção da fragrância e isso que me encanta. A mistura das notas, como a pirâmide de comporta, se é linear, evolui em pirâmide ou faz looping (sim, muitos perfumes tem pirâmide looping....As notas giram, vão e voltam conforme passam as horas). Eu já  resenhei perfumes que não gostei (como o Couture Couture da Juicy Culture e o Fragile) A maneira como o perfume é construído me é mais sedutora do que o meu gosto próprio. 

Coisa de viciado em perfumes, ok?

Vamos para uma ceninha que poderia descrever o aroma deste Frapin:

Você, homem austero, vestindo um terno bem cortado. Cabelo minimalista, Está confortavelmente sentado em um Rolls-Royce branco revestido de couro macio caqui e madeiras. Em sua mão um copo de com gelo, rum e uma pitada de Contreau (licor de laranja). Aprecia a mistura de aromas do rum com o licor de laranja, com o couro, a madeira. 

Chove, o tempo é cinza, cheiro de terra molhada e musgo no ar. 

Você para em frente à um restaurante. Clássico, daqueles bem antigos, quase centenários. Decoração em madeira entalhada que remete à seculos passados. Há fumaça de cachimbo no ambiente (aqui não há lei anti fumo). Várias pessoas em mesas, fumam seus cachimbos, negociam, mas quase não comem. Aliás, não comem. O negócio é mais importante. Fumam, bebem, e tamboliram o talher no prato pedido. O objetivo não é comer. O objetivo é poder, é negócios, é crescer. 

É isso que esse Frapin me passa. Um homem poderoso, com contatos, que negocia afim de obter mais poder ainda.

(confessionário próprio: ODEIOOOO gente assim)

Sim, eu não gosto da proposta que ele me passou. Mas gostei da fragrância. 
Fazendo os miúdos:

Tem saída alcólica de laranja com rum que evolui para uma base amadeirada quente que me lembra o Egoiste de Chanel. 

Adorei!!! Mas é masculino (aliás, a própria Frapin fala isso). Mas  Eu usaria. 
Aliás, eu uso qualquer coisa. Menos o Kouros, Polo Verde e One Men Show. Iccsss. odeio!

Bjsss de K-Pax. 

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