quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Voltando ao passado: resenha do Fueguia Xocoatl


Olá cheirosos! !


Mais uma vez o querido Claiton me agraciou com um decant.  Te agradeço imensamente! 

Ahhh Fueguia....

Cheguei ao ponto de mandar um email para a casa relatando a minha vontade de adquirir suas obras ou ao menos amostras. 

Tomei um tapa de luva de pelica.

Deseja um Fueguia para chamar de seu? Dê um jeito de ir até a espetacular loja física da marca em Buenos Aires ou encomende com algum amigo que pretenda visitar a terra do tango. Felizmente conheço pessoas maravilhosas que se dispõe a decantar seus preciosos para que eu possa me embevecer com seus encantos. 

Logo que comecei a minha pesquisa da marca,  o primeiro a me chamar a atenção e curiosidade foi justamente o Xocoatl. Sua classificação oriental baunilha (e na época era a minha preferência) me deixou com água na boca. Curiosamente conheci vários da marca antes , a minha preferência olfativa mudou e acredito que este detalhe me leve à analisá-lo melhor.  

Sua descrição é: " Os Astecas utilizavam a orquídea-vanilla e a baunilha para enriquecer uma bebida muito cremosa dada aos guerreiros feita com cacau e rum". 

Vamos viajar?

" A casa é simples de madeira rústica,  iluminação por lampiões.  A brisa fria dos montes nevados ao longe arrepia a pele.  Você veste uma blusa de veludo marrom escuro, calças pesadas e com forro e casaco de pelica,  que protege contra o vento.  Em sua frente há um caldeirão de cerâmica escurecido pelos anos onde borbulha um denso creme escuro e aromático.  Sobre o balcão ao lado há um antigo prato de madeira esculpida onde jas pétalas de doce e hipnótica orquídea. Alcança a garrafa de rum e toma um gole direto da garrafa, fogo doce queimando a garganta em sua passagem enquanto aquece as  extremidades do corpo. Despeja o conteúdo da garrafa e as orquídeas no cadeirão.  A alquimia de aromas torna-se escuro e adocicado,  quase atabacado e levemente picante e amadeirado."

Conseguiu imaginar o aroma advindo desta cena? Não é  um gourmand como a maioria conhece. É rústico,  advindo de muitas eras, nos transporta à povos antigos e de grande sabedoria. 

Xocoatl começa alcoólico como um licor de cacau amargo e logo a gardenia, narcótica, dando uma saída meso pesada, hipnótica, como me lembra a saída de Crystal Noir de Versace. Inclusive sinto um coco cremoso imaginário, se bem que nariz e percepção são completamente pessoais.

O cacau aqui é amargo, intenso e de nuances que lembram ao café,  quase esfumaçado, intenso e exótico.  

Não consta em suas notas mas sinto o aspecto leitoso de cremoso sândalo e a maciez da pelica. 

Termina assim, cremoso, rente a pele como uma lembrança das notas que anteriormente dançavam sobre sua pele como em um ritual antigo.

Quero um litro pra me jogar!!!

Bjuxxxx de K-pax


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